quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O meu natal predileto - por Paloma Z.

É praticamente véspera de Natal e eu, que sou eu, e que adoro natal, já briguei com a minha amiga e colaboradora do tudo dito – me perdoa, é também o meu inferno astral. Ela sôfrega, me pergunta descaradamente “E o texto???” E eu, no meio de meus pensamentos terríveis de noite mal dormida resmunguei “Não vai dá, não dá! To mais atolada que vaca! Deixa pra depois, quem sabe, do natal!” E fez-se o silêncio no meu msn.Foi então que pensei, que refleti e que desejei o perdão porque de fato, não podemos brigar com o espírito natalino. Não podemos desejar o mal, não podemos em um mês de tantas coisas boas – promoções, descontos, ceias de natal, peru aos montes - renegar essa felicidade que atravessa cada cidadão do Brasil e do Mundo.

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Então como rendição e prova do meu mais profundo amor e admiração a esta época tão incrível, eis aqui que escrevo, de uma enxurrada só, o meu prometido texto sobre o natal e seus ademais agregados.

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Primeiro natal pra mim significa muitas coisas, além de todos os presentes e cheques polpudos dos vovôs, representa também alguns dias a mais para o meu aniversário que é – pasmem – dia 29 de dezembro, e logo depois de lambuja, como se tudo ainda já não estivesse mais que perfeito, vem o reveión : mais bebida, mais festa, mais arromba.

Eu sei e até entendo que existem pessoas – como a minha queria amiga L**, que não gosta de natal, eu sei por que, é uma época na qual você é quase obrigado a ser feliz, a ter que rever todos os seus primos e tias que moram em piracicaba. A ter que gastar o seu mísero salário de estagiário – no meu caso, não no caso da estimadíssima L** - pra comprar presentes a quem recebe dez mais do que eu e que, provavelmente vai me dar um vale da fnac de cinqüenta reais.

Tudo bem, natal é natal. E eu amo muito.

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Segundo, sou completamente arrebata pela sensação natalina, meus olhos lacrimejam ao ver a árvore, exuberante e cheia de regalos brilhando no roll de entrada. Olho com prazer cada bola colorida que, dias antes, minha avó e sua destreza colocou em cada galinho da árvore. Meu corpo treme ao ver a ceia, aquele peru dourado, cheio de ameixas e outras cossitas más que não como, fumegando na mesa ao lado do purê de maçã, da farofa de bacon e claro, do lado da parte mais cobiçada da festa por adolescente e adultos : o baldo de champanhe.

Sinto que nesta noite serei preenchido com os mais doces sabores da vida. Brinco com os cachorrinhos, faço piadas para os pequenos, compartilho meu prato com meu amado.Tudo isso porque é natal, e só porque é natal nossas almas duplicam de tamanho e nos sentimos – sem pieguices- que apesar dos pesares, dos shopping lotados ,das noites empacotando presente e dos parentes distantes e chato, no sentimos, sem ais nem menos, parte de um grande todo familiar, onde só há espaço para mais amor e mais peru.

E claro, a tortinha de sobremesa da tia Mirtes, que não podia faltar.

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